terça-feira, 6 de junho de 2017

Montagens estranhas de ópera

Todo o marxismo cultural disseminado durante décadas acabaria por afetar também as montagens de ópera. A desconstrução é o objetivo dessas pessoas, mas sempre substituindo por algo muito pior do que o original, igual vemos na cultura pop, que praticamente odeia o belo.

Não é de hoje que determinadas montagens de ópera são no mínimo, esquisitas, para não dizer horríveis. Quando você deturpa o cenário, o figurino e faz uma série de modificações em nome da "liberdade de interpretação", deveria colocar os seguintes dizeres: BASEADO NA OBRA DE...Porque já não é mais a ópera idealizada pelo autor.

A ópera não é só a música, existe um libreto também, e lá as instruções inclusive do ambiente em questão. Colocar Dulcamara vestido de Elvis num cabaré? Encher o palco de vasos sanitários com os personagens vestidos com a bandeira americana? Montar o Elisir d'amore de G. Donizetti (1832) ambientada dentro de uma escola? Não é mais o Elisir, é outra coisa.

O argumento mais brega que se pode usar hoje é: Quero chocar a sociedade! A sociedade já está mais do que chocada e não precisa de mais uma coisa ridícula em sua lista. Essas montagens patéticas não são referência e não serão lembradas. Normalmente são para agradar apenas a uma pessoa, que acha que está fazendo algo novo, diferente, incrível, genial, chocante, mas que está apenas mostrando algo feio, deturpado e sem sentido.